2024 – Ano da Oração
2024 – Ano da Oração
São Francisco de Assis: Uma Vida de Humildade e Devoção para nós.
Infância e Juventude:
São Francisco de Assis nasceu em 1182, em Assis, Itália, em uma família abastada. Durante sua juventude, viveu uma vida despreocupada, desfrutando das festas e aventuras típicas de sua classe social. No entanto, desde cedo, mostrou um coração generoso, sempre disposto a ajudar os pobres.
Conversão:
A vida de Francisco mudou drasticamente em 1205, após uma série de eventos que culminaram em uma experiência espiritual profunda. Em uma visita à Igreja de São Damião, ele teve uma visão de Jesus Crucificado, que lhe pediu para "reparar a minha casa". Interpretando isso como um chamado divino, Francisco renunciou a sua vida de luxo e começou a restaurar igrejas em ruínas.
Vida Religiosa:
Adotando uma vida de extrema pobreza e simplicidade, Francisco passou a viver como mendicante, pregando o Evangelho e cuidando dos necessitados. Sua espiritualidade era marcada pela alegria, pela humildade e por um profundo amor à natureza, vendo todas as criaturas como irmãos e irmãs em Deus.
Ordem Franciscana:
Em 1209, Francisco fundou a Ordem dos Frades Menores, conhecida como Franciscanos. A ordem rapidamente atraiu seguidores, que se comprometiam a viver segundo os princípios de pobreza, castidade e obediência. Francisco também inspirou a criação da Ordem das Clarissas e da Ordem Terceira Franciscana, para leigos que desejavam seguir seus ensinamentos.
Estigmas e Morte:
Nos últimos anos de sua vida, Francisco sofreu de várias doenças e, em 1224, recebeu os estigmas, marcas das chagas de Cristo, durante uma visão no Monte Alverne. Ele continuou a pregar e a escrever até sua morte em 1226. Francisco foi canonizado em 1228, apenas dois anos após sua morte.
Legado:
São Francisco de Assis é lembrado por sua profunda humildade, amor ao próximo e devoção à simplicidade e à pobreza. Seu exemplo continua a inspirar pessoas em todo o mundo a viverem de maneira mais compassiva e espiritual, seguindo o caminho do amor e do serviço a Deus e à humanidade.
Primeiro passo do homem em direção à oração: "Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim, qual seja o número dos meus dias, para que eu saiba quanto é breve a minha vida" (Sl 39,5). Este versículo nos lembra da nossa fragilidade e da necessidade de nos voltarmos para o Divino. O homem, em sua pequenez, não pode se fazer de gigante. A humildade é a chave que nos abre para o verdadeiro porto libertador: apoiar-se no único Grande e deixar-se abraçar por Ele.
Dostoievski, com poucas e certeiras palavras, expressa essa verdade: "Toda a lei da existência consiste somente nisto: que o Homem possa se inclinar diante do infinitamente Grande". Sua visão revela a importância da reverência e da humildade como fundamentos da existência humana e da espiritualidade. Complementando essa perspectiva, Gandhi sabiamente acrescenta: "Quem busca Deus deve se tornar mais humilde que a poeira!" A humildade, portanto, não é apenas uma virtude, mas uma condição indispensável para se aproximar de Deus.
Santo Agostinho Roscelli, um pequeno grande sacerdote genovês do século dezenove, com profunda precisão teológica, afirmou: "No Paraíso encontraremos pessoas que não foram mártires, nem foram bispos, nem sacerdotes, nem teólogos…, mas não encontramos uma única pessoa que não tenha sido humilde." Sua afirmação ressalta que a humildade é a essência da santidade e da comunhão com Deus, mais valiosa que qualquer título ou feito terreno.
Um exemplo notável de humildade e oração é São Francisco de Assis. Este santo, impregnado de oração, deixou uma marca profunda na história. Sua vida de simplicidade e devoção é uma testemunha viva do poder transformador da oração. Rezando, também podemos desencadear a nossa resposta ao Amor de Deus, permitindo que Sua graça molde nossas vidas.
Quando perguntaram a Michelangelo como ele havia conseguido esculpir o famoso David, ele respondeu: "Foi simples! Bastou remover o mármore que escondia a obra-prima!" Essa metáfora é aplicável à nossa jornada espiritual. Através da oração, podemos remover as camadas de orgulho e imperfeição, revelando a obra-prima que Deus esculpiu dentro de cada um de nós. Ao nos entregarmos à oração com fé e humildade, permitimos que a grandeza divina se manifeste em nossas vidas.
Assim, ao seguirmos o caminho da oração e da humildade, inspirados por exemplos como Dostoievski, Gandhi, Santo Agostinho Roscelli e São Francisco de Assis, podemos encontrar nossa verdadeira essência e viver em plena comunhão com Deus.
O Papa Francisco destaca a importância da oração como a expressão mais genuína da fé, um "grito silencioso" que vem do coração de quem crê e confia em Deus. Ele menciona que, embora existam muitas definições de oração, ela é melhor descrita na simplicidade de quem a pratica. Francisco lembra que Jesus nos ensinou a não desperdiçar palavras em nossas orações, mas a confiar no Pai que já conhece nossas necessidades.
O Papa aborda a preparação para o Jubileu Ordinário de 2025, enfatizando que 2024 será dedicado à oração. Ele destaca a necessidade de uma verdadeira espiritualidade em um mundo conturbado por crises ecológicas, econômicas, sociais, guerras e a cultura da indiferença. A oração é vista como um meio de elevar nossas aspirações de paz e solidariedade ao Pai.
Francisco incentiva que este ano de oração seja uma oportunidade para redescobrir a alegria de orar de várias formas, aumentando nossa fé e confiança na intercessão da Virgem Maria e dos Santos. Ele ressalta a importância de uma "escola de oração" para aprender a rezar com humildade, guiados pelo Espírito Santo.
Ele também expressa confiança de que os líderes religiosos encontrarão maneiras adequadas de colocar a oração no centro das suas atividades pastorais, destacando a contribuição das comunidades de vida contemplativa. Francisco deseja que os santuários ao redor do mundo se tornem oásis de serenidade para os peregrinos. Por fim, ele agradece os textos preparados para ajudar na prática da oração e pede que todos rezem por ele.
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