Zygmunt Szczesny Felisńki - Parte VII


Zygmunt Szczesny Felisńki - Parte VII

No exílio, interior da Rússia em Jarosław junto ao Rio Volga, o arcebispo Feliński permaneceu durante 20 anos, reluzindo numa santidade de vida, entregue à oração, ao apostolado e obras de misericórdia. Após um ano foi privado de governar a Arquidiocese, entregou o seu destino nas mãos do Santo Padre disposto em aceitar qualquer decisão do Papa. No entanto afastava a pressão da autoridade czarista que forçava a sua resignação da sede episcopal. Sua fidelidade e submissão a fé Apostólica, consta na carta que escreveu por ocasião do concílio Vaticano i expressando sua fé na infalibilidade do Papa (1870).


Apenas no ano 1883 por entendimento da cia Apostólica com o governo da Rússia, ou Arcebispo Feliński que foi liberado do exílio, mas não poder retornar a Varsóvia; leão XIII ou transferiu da Sede Episcopal de Varsóvia para a sede de Tarso como titular.

O retorno do Arcebispo Feliński do exílio o precedeu a opinião de sua santidade. Como Arcebispo titular de Tarso, viveu os últimos anos de vida sob o domínio austríaco, na Arquidiocese de Leópolis, no interior - Dźwiniaczka, onde dedicou-se a ação pastoral, educação, ação beneficente social no meio do povo do campo - poloneses e ucranianos. Preocupado com a formação da nova geração, fundou uma escola para crianças polonesas e ucranianas, a primeira na história deste lugar. Com seu curso construiu a escola, a igreja e conventinho, trouxe as Irmãs da Sagrada Família de Maria, as quais assumiram o ensino na escola, se ocuparam com os doentes e a Igreja.

No ambiente desse lugar implantou a renovação do espírito religioso, a unidade e trabalho mútuo entre Poloneses e Ucranianos - em nome da fraternidade evangélica. O povo respeitava e honrava, considerava ou como padre santo, e a sua permanência neste lugar como benção de Deus e grande honra para os seus moradores.


O arcebispo Felisńki nas horas livres dedicava-se a literatura, concluía e publicava em Leópolis obras escritas no exílio: Conferências espirituais (1885), Paulina, filha de Ewa Felisńki (1885), Fé e incredulidade em relação à felicidade pessoal (1886), Praxedes – Legenda da pasta de Anhelle (1887), Ciência cristã e ateia diante dos deveres sociais (1889); Em Cracóvia no ano 1888 editou quatro posições: Oscar e Wanda – da pasta de Anhelle, Sob a direção da Providência, Constituições da Sagrada Família de Maria; Três poetas nossos diante da Igreja; no ano 1890 mais livros: Fé e incredulidade em relação à felicidade social, como também Conferência sobre a vocação (1890). Quatro anos depois apareceram em Cracóvia As Memórias de Xaviera Brzozowski-Grocholski, as quais o Arcebispo colocou em ordem e completou de acordo com as cartas dela e correspondências contemporâneas (1894). Nos últimos anos de vida preparou para editar suas Memórias, publicadas apenas após sua morte, e publicadas em quatro edições e são reconhecidas como pérolas da literatura memorial do século XIX (Cracóvia 1897 Leópolis 1911, Varsóvia – Pax - 1986 e 2009).

Pastor-Exilado sem rebanho, trabalhou até quase os últimos dias de sua vida. Em setembro do ano 1895, sua saúde se agravou de repente ponto final atendeu o conselho dos médicos e viajou para tratamento em “Karlsbad”, onde se verificou que não há nada mais com o que socorrer. Voltava pois para Dźwiniaczka. Passando por Cracóvia sentiu-se mal e interrompeu a viagem (11 de setembro). Deteve-se no hotel “Pollera”, de onde é o Bispo João Puzyna o levou para a casa episcopal. O Papa Leon oitavo, recebeu solenemente o arcebispo felinski no Vaticano, quando retornava do exílio que durou 20 anos (1883), sabendo da doença grave do Pastor- exilado, lhe enviou... sua benção apostólica com expressões muito cordiais.

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