Zygmunt Szczesny Felisńki - Parte VI


Zygmunt Szczesny Felisńki - Parte VI

No dia 13 de junho do ano 1863, foi chamado por Alexandre II para St. Petersburgo, despediu o sacerdotes na residência a rua Miodowa. Na sua preleção de despedida encontramos palavras significativas: defender os direitos da santa igreja, zelai com fervor a nossa Santa fé, com as contrariedades não desanimais tenham em mente no coração a Deus Pai. Se acaso alguém vos induzir a um ato, que for contra a lei de Deus e a lei da igreja, cada um responda: non possumus, respondam todos: Non possumus. E mesmo que essas ordens viessem da autoridade maior, mesmo em meu nome, mesmo que fossem minhas, o que não permita Deus, mesmo que julgassem, que é minha escrita, que é a minha voz, não ouçam, não acreditem... (Pe. Inácio Polkowski, Memórias sobre Zygmunt S. Felisńki, Cracóvia 1866, págs.224-225).


O arcebispo Feliński deixou a capital no dia 14 de junho do ano 1863,como prisioneiro sobre a escola militar; detido em Gatczyn e internado no palácio do czar por 3 semanas, tinha chance de retornar a Varsóvia, mas pelo preço de humilhar-se diante do czar, e resignar da linha de ação até então, cessar o contato com o Vaticano e submeter-se inteiramente as ordens do governo. Tal declaração arcebispo não realizou.

O caminho ao exílio selou finalmente o memorial, no qual, sobre a exigência de Alexandre II, ou Arcebispo Feliński concluiu o seu Credo político: o amor à Pátria é sentimento igualmente inato e involuntário como o amor dos Pais e por isso não se pode culpar a ninguém. Não é culpa dos poloneses, que possuem magnífica a história do passado, suspiram por ela, e aspiram para reaver a independência. Acrescentou: a sorte dos povos está nas mãos de Deus e se a hora indicada pela Providência para libertar a Polônia já soou, a resistência de Vossa Majestade não prejudicará na realização do desígnio do Senhor, assim como a resistência do faraó não prejudicou na libertação dos Judeu, pois as calamidades estão sempre nas mãos de Deus.

No exílio, interior da Rússia em Jarosław, junto ao Rio Volga, o arcebispo Feliński permaneceu durante 20 anos, reluzindo numa santidade de vida, entregue à oração, ao apostolado e obras de misericórdia. Após um ano foi privado de governar a Arquidiocese, entregou o seu destino nas mãos do Santo Padre disposto em aceitar qualquer decisão do Papa. No entanto afastava a pressão da autoridade czarista que forçava a sua resignação da sede episcopal. Sua fidelidade e submissão a fé Apostólica, consta na carta que escreveu por ocasião do concílio Vaticano I expressando sua fé na infalibilidade do Papa (1870).

Apenas no ano 1883 por entendimento da Sé Apostólica com o governo da Rússia, ou Arcebispo Feliński foi liberado do exílio, mas não pode retornar a Varsóvia; Leão XIII o transferiu da Sede Episcopal de Varsóvia para a Sede de Tarso como titular.

O retorno do Arcebispo Feliński do exílio o precedeu a opinião de sua santidade. Como Arcebispo titular de Tarso, viveu os últimos anos de vida sob o domínio austríaco, na Arquidiocese de Leópolis, no interior - Dźwiniaczka, onde dedicou-se a ação pastoral, educação, ação beneficente social no meio do povo do campo - poloneses e ucranianos. Preocupado com a formação da nova geração, fundou uma escola para crianças polonesas e ucranianas, a primeira na história deste lugar. Com seu curso construiu a escola, a igreja e conventinho, trouxe as Irmãs da Sagrada Família de Maria, as quais assumiram o ensino na escola, se ocuparam com os doentes e a Igreja.

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