Zygmunt Szczesny Felisńki - Parte II


Zygmunt Szczesny Felisńki - Parte II

No ano de 1847, graças a iniciativa de Zenon Brzozowski, viajou para o exterior com finalidade de continuar a formação e preparar-se para a profissão como professor e educador.

No caminho ao Ocidente – seu roteiro dirigiu-se por Leópolis, Cracóvia, Viena, Praga, Drezno, Berlin, Bruxelas, até Paris onde chegou nos últimos dias de dezembro do ano de 1847 e domiciliou-se no Quarteirão Latino. Estudou como ouvinte na Sorbone e no Collège de France, escolhendo preleções de seu interesse por notáveis professores. Teve relacionamentos muitos próximos com o príncipe Adão Czartoryski e o grupo de pessoas concentradas junto ao Hotel Lambert.

Estabeleceu contatos com diversos agrupamentos da imigração polonesa, mas com desejo de conversar independência não se comprometendo formalmente com nenhum grupo; por ideal mais próximo para ele era a Associação Nacional, acolhendo principalmente os jovens da mais recente onda da imigração (1846).


Em janeiro do ano de 1848 conheceu pessoalmente e travou a amizade com o poeta Júlio Słowacki (1809-1849), abriu o caminho ao seu coração a amizade de suas mães em Krzemieniec, carta que lhe trouxe da sua mãe Saloméa Słowacka-Bécu, com a qual encontrou-se em Leópolis, como também as mais novas notícias do país e do Zenon Brzozowski, que 12 anos atrás acompanhou o poeta na viagem a Terra Santa.

Na França Zygmunt Szczęsny com toda a alma entregou-se a causa nacional e quando a Aurora da Primavera do povo envolveu a Europa (1848), participou na organização da imigração polonesa em Paris. Fortemente uniu-se com o círculo de Słowacki e à confederação organizada por ele. Sabendo da explosão da insurreição na região de Poznań partiu junto a Słowacki e amigos para Poznań, onde nas fileiras guerrilheiras participou ativamente na fase final da insurreição, no posto de tenente dos fuzileiros.

Após a derrota da insurreição voltou para Paris decepcionado na verdade com as esperanças da breve conquista da independência da Polônia, mas também com grande experiência. Esses acontecimentos infelizes, como escrevia, que lhe derrubaram a arma da mão, influíram para mudar sua orientação política. Daqui em diante - não com a arma, mas através do trabalho sobre o renascimento do espírito nacional quis servir a pátria. Apresentou o seu programa, apoiado nos princípios da verdadeira fraternidade cristã (1848).

Ewa Felinska (1851-1862)

A derrota da insurreição, além disso, a morte do amigo do coração, Júlio Słowacki, o qual no dia 3 de abril de 1849, faleceu nas mãos de Felinski em Paris, influíram da decisão de seu destino futuro. O sábio, poeta nacional chamava o de tesouro e brilhante, escreveu dele para sua mãe: seu procedimento era angélico, seu conhecimento florescia, tornar-se um dia a nossa glória, e mesmo numa inspiradora visão profetizou, dizendo, que viu uma grande estrela brilhante sobre sua cabeça e uma multidão orante, ajoelhada aos seus pés no templo. Junto a Sepultura do poeta, refletindo sobre a brevidade da vida e nova perspectiva de servir a Pátria, nasceu no seu coração o desejo de se consagrar a Deus. Permaneceu ainda dois anos no exterior como educador dos filhos de Zenon e Elisa Brzonzowski (Estanislau e João), não mudou a sua decisão.

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