Mensagem aos Carlosgomenses no dia 23 de Julho de 2022

 

MENSAGEM AOS CARLOSGOMENSES NO DIA 23 DE JULHO DE 2022.

Querida Comunidade!

       Durante toda a Celebração vi no semblante de cada pessoa aqui presente um olhar aberto e cheio de fé e esperança, enquanto no meu coração perpassavam inúmeros sentimentos.

E o maior sentimento é o da GRATIDÃO:

       -Gratidão ao Reverendíssimo Padre Zdzislaw que vem como um peregrino da paz e de amor por um povo, por uma missão específica que a Igreja Sinodal proclama: Sair, ir ao encontro e ver o seu rebanho que lhe ama e reza pela sua missão sacerdotal. Esse gesto não tem preço. Apenas gratidão.

       -Obrigada Pe. Davi, pároco desta querida localidade. O Senhor abriu as portas e o coração. Ao Senhor, à secretária, à diretoria da Igreja, aos ministros, à equipe de liturgia, ao ministério da música e canto, nossa gratidão.

       _Saúdo com especial carinho a Reverendíssima Madre Provincial, Irmã Margarida, a Irmã Helena, a Irmã Leonildae Irmã Janete.

Vocês representam as demais Irmãs que passaram por esta terra por um longo tempo desde 1933.

       -Minha carinhosa saudação e gratidão ao Mui digno Prefeito Municipal, o Senhor Luiz Zelinski e na sua pessoa, com muito respeito saúdo o vice-prefeito, os senhores vereadores, os secretários e os servidores do município, as direções de Escolas e Professores.

       Com muito reconhecimento saúdo o excelentíssimo Adelar Petkowcz, sua esposa e demais membros da equipe diretiva da BRASPOL de Carlos Gomes que orgulhosamente registram um magnifico trabalho com destaque e bravura na cultura polonesa.

       Esta atual geração de liderança, me faz lembrar quando ainda eram jovens estudantes, o quanto trabalho realizávamos juntos, nesta comunidade: as encenações, os teatros, a banda escolar, a participação nos grupos de jovens, as hortas escolares, jardins e roças para o sustento da educação.  

       Hoje, para vocês abnegados trabalhadores e lideranças, muita gratidão.

       -Saúdo carinhosamente os catequistas, os pais, os familiares das crianças da catequese e especialmente os que amanhã farão a Crisma.

       Que o Espírito Santo os ilumine e os acompanhe sempre na construção da história humana.

       Queridos jovens! Hoje, vocês têm o privilégio de uma catequese bem organizada, com ambientes agradáveis, uma linda igreja, decorada, um espaço agradável para o encontro com Deus.

       Vamos juntos render gratidão a Deus pelos vossos bisavós, avós, pais, e pessoas de mais idade que, para que tivéssemos tudo isso era preciso muito trabalho e sacrifício dos nossos antepassados. Agradeço aos meus ex-alunos e catequizandos, quando no tempo da construção da igreja, recolhíamos pedras do rio e de carrocinha puxávamos morro acima para a construção deste magnífico templo em honra a Deus e a Santa Ana. Assim eram as aulas e a catequese. Ligadas a fé e vida!

       -Querida Comunidade! Celebrar o Jubileu é reviver. É trazer presente o passado para fortalecer o futuro.

       Foram muitos os motivos que eu sonhava por esta minha celebração jubilar nesta Paróquia Santa Ana e no dia de sua festa.

       -Trago presente também o Jubileu do nascimento de São Zygmun Felinski, o querido Pai fundador da Congregação. Passaram-se 200 anos de sua vida, mas, Ele continua vivo entre o povo pelas suas Irmãs da Sagrada Família, pelo seu caráter e pelas suas obras de Santidade.

       Em nossos dias temos muito a aprender com Ele que é reconhecido pela Igreja Católica o Santo, o apóstolo da paz, da harmonia entre as nações, o educador da globalidade, o protetor das famílias e dos menos favorecidos, o propagador da devoção à Nossa Senhora e fiel seguidor de São Francisco de Assis.

       Os nossos queridos imigrantes trouxeram da Pátria Mãe Polônia muito destas características.

       Na década de 40, quando aqui trabalhava a nossa Irmã Joana dedicando-se na enfermagem e catequese, usando o transporte da época – o cavalo, a carroça ou mesmo a pé, visitava todas as famílias, inclusive as da Linha Guabiroba e Lajeado Pepino, que eram dois núcleos fortes de imigrantes poloneses. Nas suas idas e vindas nem sempre podia voltar para casa. Porém, sempre encontrava hospitalidade, atenção e abertura de coração. Assim a Irmã Joana definiu a característica do povo: “É um povo hospitaleiro e solidário”!

-A Irmã Joana contava também uma história: As famílias eram pobres, onde muitas vezes faltava tudo. Mas, o dono da casa recebia a Irmã Joana com sorriso dizendo: “Vamos sentar e comer um pedaço de pão com banha e melado”.

       E na alegria familiar a Irmã Joana atendia os doentes e catequizandos.

       E, para visitar as famílias do outro lado do rio ainda não havia balsa, apenas um caíque. O condutor preocupava-se para que a Irmã Joana não molhasse o hábito longo, então, colocava a Irmã dentro de um tonel.

       São pequenas histórias, mas as lições são grandes! Identificam a nobreza e o caráter de um povo.

       Sem dúvida, a boa semente continua frutificando entre as famílias e comunidades deste município.

       -Desejei também estar presente na festa de Santa Ana para agradecer a Deus pelos 78 anos em que existiu nesta localidade a muito bem lembrada Escola Santa Ana, na qual, centenas e centenas de jovens, desde as primeiras gerações dos imigrantes tiveram oportunidade de estudar e serem beneficiados pelo internato que as Irmãs oportunizavam.

       A Escola Santa Ana contribuiu muito para a sociedade brasileira preparando líderes que com sabedoria e consciência, constroem a história com dignidade e fé.

       Amigos! Olhando o passado, há tanto para agradecer, vendo o presente, há tanto que abraçar e vislumbrar o futuro.

       Há uma vocação, uma missão que chama! Coragem!

 

       Que Deus recompense a todos!

 

       Sejam frutuosamente abençoados!

 


 

 

      

  

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