A Igreja de Áurea - Capital Polonesa dos Brasileiros

 

             A IGREJA DE ÁUREA CAPITAL POLONESA DOS BRASILEIROS, NASCEU E CRESCEU NOS BRAÇOS DE MARIA, MÃE DE DEUS

CONTEMPLE OS VITRAIS

E DIGA: É BOM ESTAR ONDE A MÃE ESTÁ

Na Igreja Matriz de Áurea - RS os vitrais contemplam os símbolos de caráter Cristológico, testemunhando a ação, a fidelidade e a fé em Cristo encarnado que é a síntese da história da salvação.

          Pelo Rosário são apresentadas as alegrias e as dores da família de Nazaré.



A Igreja convida de forma especial os paroquianos e os visitantes a contemplar, atenciosamente, as imagens do santo Rosário nos vitrais que nos motivam a ter o espírito de oração e um coração mariano para assim deixar-se configurar a Cristo, pois Ele é a rota seguira. O rosário é uma grande ferramenta para assumir Cristo como caminho, verdade e vida, como Maria e José assumiram desde a concepção até a morte dolorosa no calvário e a ressurreição.


Os imigrantes diziam: “Vamos construir um santuário para Nossa Senhora impregnado com os mistérios do santo Rosário que é o Evangelho feito oração”.


Na história de Áurea-RS - lembramos a narrativa de um imigrante polonês que pisou o solo de Áurea - RS, no então Rio Marcelino, em 24/12/1912 e aqui se fixou, não tem o aparato de erudição literária e histórica. Tem, entretanto, incalculável valor histórico, porque espelha com fidelidade a realidade dos fatos, que antecederam e acompanharam a vinda de uma leva de famílias polonesas para Áurea - RS.

Diz o imigrante: “Nasci nas proximidades de Kutno, região polonesa, ocupada pela Rússia, não longe de Varsóvia e Częstochowa. Naquela época os russos tinham fechado as escolas e as igrejas. Os poloneses viviam tempos de duríssima opressão. As igrejas totalmente fechadas. Os sacerdotes eram encarcerados e deportados, ou eram proibidos de exercer o ministério. As famílias faziam em casa todas as celebrações, que seriam feitas nas igrejas, sem a presença do padre.

          Era comum ver crianças maltrapilhas bater à porta das casas, pedindo um pedaço de pão de centeio. A situação ia ficando cada vez maios calamitosa. Foi, então, que se começou a falar em emigração. Oficialmente iríamos emigrar não como poloneses, mas como russos.


Antes da despedida meu pai e os vizinhos, peregrinaram a pé até a Mãe de Częstochowa, para lançar a sorte sob a sua santa proteção.

          A gente sabia o pouco que deixava, não podia, porém, adivinhar o que estava reservado para o futuro. Tivemos que partir, às apalpadelas, em demanda de uma pátria desconhecido.

          Com extraordinária fé, por uma intervenção da própria Virgem Maria o imigrante chegou ao solo de Áurea – RS – Rio Marcelino.

          Resistiu as dificuldades, e, especialmente na luta silenciosa, mas heroica contra o comunismo, construíram a primeira capelinha para a Mãe protetora Nossa Senhora de Częstochowa. Com insigne devoção suplicavam à Santíssima Virgem Maria, que desta humilde capelinha surgisse um trono de distribuição de bênçãos e graças”.

          No dia 10/04/1915, Dom Miguel de Lima Valverde elevou o povoado de Rio Marcelino à Paróquia de Nossa Senhora de Monte Claro, consagrando-a com as bênçãos especiais.

          A mais de um século a igreja sempre teve bons pastores e lideranças que colaboraram no crescimento da fé.



Pároco Padre Albino Stawinski e Padre José Kuzminski. Nos anos 1942, surgiram essas duas colunas as quais o tempo apenas foi acrescentando “outras” para que o espírito missionariedade e mariologia crescessem.

          Dois sacerdotes filhos desta terra gaúcha, com passos firmes e decididos, como bons pastores interpretaram o essencial da vida cristã, edificando catequéticamente o templo mariano. Incentivados pelo carinho devocional que a população aureense trazia nas suas raízes e vivia com entusiasmo as ações e fé.

          Os projetos, nas metas, nos planos pastorais, no desejo para as futuras gerações era edificar um templo dedicado à Mãe de Deus.

          Impregnados, pelo Espírito santo, no forte sopro do amor divino, na vibração extraordinária deixaram o plano da salvação resumido nos lindos vitrais da Matriz Nossa Senhora do Monte Claro.

          Ao entrar no templo, à direita inicia a “Coroa de Rosas” confeccionada por 150 Ave – Marias. O foco está no anúncio da chegada, na caminhada, no mistério, na partida do Filho UNIGÊNITO DE DEUS e, sobretudo, em seu trono Triunfal.

          MISTÉRIOS GOZOSOS – À direita de quem entra

Anjo Anuncia à Maria que será a Mãe do Salvador.

Visita de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel.

Nascimento do Menino Jesus em Belém.

Apresentação de Jesus no templo e a purificação de Maria.

Encontro do Menino Jesus no templo de Jerusalém.

 

MISTÉRIOS DOLOROSOS – À esquerda de quem entra

A Agonia de Jesus no Jardim das Oliveiras.

A Flagelação de Jesus.

A Coroação de Espinhos de Jesus.

Jesus carrega sua cruz até o Monte Calvário.

A Crucificação e Morte de Jesus Cristo.

 

MISTÉRIOS GLORIOSOS–Iniciam do confessionário até o Presbitério

A Ressurreição de Jesus.

A Ascensão de Jesus.


VITRAIS NO PRESBITÉRIO – Da direita

A Vinda do espírito Santo sobre os Apóstolos.

A Assunção da Virgem Maria.

A Coroação de Nossa Senhora.


VITRAIS NO PRESBITÉRIO – Da direita

Cristo Rei do Universo.

Jesus Bom Pastor.

Instituição da Eucaristia.


SUBIDA PARA O CORO – à direita de quem entra

São Luiz Gonzaga, padroeiro da juventude.

Nossa Senhora da Salete que apareceu em 19/09/1846 para Maximino e Melânia na França.

Santa Maria Goreti, padroeira da Juventude.


SEGUNDO PISO

Símbolo do Papa e da Igreja Universal.

Fonte Batismal.

Eucaristia e Santíssima Trindade.

Caminho para o Inferno: Em Fátima Nossa Senhora pediu que rezasse a jaculatória: Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu, e socorrei principalmente aquelas que precisarem de vossa misericórdia.

          No coro temos destaques especiais.

A porta da entrada retrata a história do povo polonês e suas raízes de fé partido do batismo da nação e do povo.

Porta central: Virtudes e louvores à Nossa Senhora como Mãe de Deus e Rainha do Universo. Lembra a oração da Salve Rainha...

Retrata a história do Brasil. Nosso país nasceu com a força da Eucaristia. É o primeiro ato oficializado com a Celebração Eucarística na Terra de Santa Cruz.

SALA DAS DEVOÇÕES – À esquerda da entrada

Nossa Senhora de Fátima apareceu em Portugal – Fátima – à Lúcia, Jacinta e Francisco, a treze de maio de 1917.

Batismo de Jesus no Rio Jordão.

Santo Antônio - modelo para o estudo da Palavra de Deus.


NA SUBIDA PARA O TERCEIRO PISO DA TORRE

Santa Ana – Mãe de Nossa Senhora – Modelo para os Educadores.

Santo Anjo da Guarda.

Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil.

          A espiritualidade do Pároco Padre José Kusminski está impregnada nestes maravilhosos vitrais. Neste século pedimos a Deus que Ele olhe por nós lá dos céus para que possamos dar continuidade do projeto no crescimento da educação na fé como também concluir o que ele em vida não conseguiu concretizar que era a utilidade e a organização das Salas na torre. O projeto original era: cada uma das salas na torre ter alguma atividade específica como: Biblioteca Religiosa e Litúrgica, Ensaio de canto, Apostolado da Oração, Liturgia, Relicário, Obras de Arte Sacra etc...

          Este profundo e vivo desejo do pároco que revelava uma dinâmica forte e perseverante na Educação da Fé, infelizmente silenciou... porém, deixou para o futuro a perspectiva de continuar a obra com espaços novos entre a fé, a tecnologia moderna e a ciência. Este é o desafio para quem vive nesta querida terra chamada de Áurea- RS – Capital Polonesa dos Brasileiros.

Foto: DJ ODY - Torre Central - Igreja Matriz

Foto: DJ ODY  - Áurea/RS

          Próxima edição:

CURIOSIDADES NO MINISTÉRIO DA CATEQUESE ENTRE OS ANOS 1971 – 2021.

I.I.C.P.

 

 

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

150 anos da imigração e colonização polonesa no Rio Grande do Sul

A Urgência da Fraternidade e da Ecologia Integral

150 Anos da Colonização Polonesa no Rio Grande do Sul: Um Legado de Fé, Cultura e Tradição